O ceticismo necessário


"Descobrir a gota ocasional de verdade no meio de um grande oceano de confusão e mistificação requer vigilância, dedicação e coragem. Mas, se não praticarmos esses hábitos rigorosos de pensar, não podemos ter a esperança de solucionar os problemas verdadeiramente sérios com que nos defrontamos - e nos arriscamos a nos tornar uma nação de patetas, um mundo de patetas, prontos para sermos passados para trás pelo primeiro charlatão que cruzar o nosso caminho". (Carl Sagan)

sábado, 23 de janeiro de 2010

Materia de São José do Rio Preto

O Brasil e o escorpião

Todos conhecem historia do escorpião e o sapo; o escorpião necessitava atravessar um rio, mas escorpiões não sabem nadar. Pediu então ajuda a um sapo que estava sossegado tomando sol ali a margem. O sapo, desconfiado, perguntou; “amigo escorpião, mas será que você não irá me picar?”. Respondeu o escorpião;”claro que não, senão morremos os dois.” Convencido, o sapo deixou que o escorpião lhe subisse às costas. No meio da travessia o sapo sentiu uma ferroada nas costas e falou ao escorpião; “por que fizestes isso? agora morreremos os dois”, ao que o escorpião respondeu; Não fiz por querer, é a minha natureza.
Lembrei dessa historinha de minha infância graças as discussões sobre o plano nacional de diretos humanos lançado agora ao apagar do governo lula. Há de tudo no plano, menos realmente sobre direitos humanos. Atinge, sobretudo, de maneira forte e brutal, a nossa região e o agronegócio, que foi o responsável direto pelos grandes superávits que seguraram o Brasil durante a crise mundial. Propõe que não mais o direito seja o mediador dos conflitos agrários, mas sim conselhos populares nos moldes dos sovietes. Ao ter sua terra invadida, nenhum fazendeiro ou sitiante poderia recorrer a um juiz. A terra invadida, seja qual for ,passaria por um processo de audiências populares. Por quanto tempo? O documento não diz mas não podemos nos deixar enganar pelos desmentidos das autoridades; a tendência totalitária que se esconde por traz da cara rosada e bem nutrida pelo dinheiro publico dos companheiros do governo e das entidades compradas que os apóiam é notória. Em uma região rica como a nossa o MST fincaria bandeiras. Alguém acha que seria bom para o povo? É porque desconhece historia ou age de má fé. A morte de milhares de lavradores pobres durante a coletivização forçada das terras da Russia e na China fez durante anos que a fome, a miséria e a violência tomassem conta desses estados. A exemplo de lá, grupos poderiam se formar nas pequenas cidades para invadir pequenas ou grandes propriedades. Haveria confronto e mortes. O caminho natural e lógico seria usar as assembléias como tribunais populares, já que legalmente sua figura estaria criada. Com a imprensa sob controle, graças ao mesmo plano dos “direitos humanos”, reviveríamos os famosos expurgos, haveira justiçamentos e a agricultura moderna que garante na região dinheiro e emprego recuariam aos moldes da agricultura medieval. É coerente com o que prega a candidata do governo; Dilma jamais lutou por democracia ou por direitos humanos. O regime que implantaria no Brasil se houvesse derrubado os militares teria Cuba e união soviética como parâmetros; Sem liberdades individuais, sem imprensa livre, sem propriedades (a não ser para os do partido), sem religiões, a não ser o culto ao grande irmão. E não estou divagando ou mentindo. O plano nacional de “direitos humanos“ é realmente o plano de governo de Dilma. Está tudo lá, escrito, sem subterfúgios, claro e sem duvidas. Não sou contra uma reforma agrária feita de forma ordeira e pacifica, onde não seja dada apenas a terra, mas apoio e suporte aos pequenos proprietários com maquinário e sementes, tudo feito dentro do estado de direito e sem a violência, sem revanchismos e sem a eliminação do direto de propriedade. Sem prejuízo aos grandes produtores. Infelizmente algumas pessoas, assim como o escorpião, realmente não podem fugir a sua natureza, e quase ao fim da travessia, podem ferroar o Brasil pelas costas. Mas que ninguém se engane; pois eles jamais afogam. Nossa região tem a obrigação e o dever de fazer um debate maduro e democrático sobre o atual plano.

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